Escrevo para nós, as linhas encontram-se perdidas neste branco, sempre branco.
A página teme em não passar em frente
Escrevo para nós, sempre em sentido único.
Frente, espaço, verso.
O nosso amor transformou-se nesta escrita de caligrafia desalinhada , marcada pelo ritmo sincopado de um sonho. O nosso.
Escrevo para nós, e agora é folha que teme em não acrescentar nada de novo à história que nos fez romper horizontes.
Paro para pensar. Perco-me nos círculos do fumo, do cigarro que já não fumo.
Verifico o bico à bic .
Esta folha não é uma folha solta de um livro qualquer.
É a folha do livro do nosso amor.
E isso basta-nos, nesta escrita desigual.
Espaço, parágrafo, ponto final.
Ailéh
quarta-feira, setembro 05, 2007
Escrita
Postado por
Unknown
às
5.9.07
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5 comentários:
Escreves, como só quem é poeta, escreve. Sentes, como só quem sabe escrever o que sente o faz.
Que texto mais bonito pleno de sentimento, de alma. Gostei imenso de te descobrir, e parece que tneho muito q ler.
Até já.
Que surpresa!A minha vénia,já que não uso chapéu !
Escrita esta a pulsar na minha voz. Leio alto, atento permaneço maravilhado.
Originalíssima ! Se é lugar comum dizer isto, eu então digo lugares-comuns!
que bom, e eu quero mais!
Pois...o amor ... que ergue e rebaixa. O amor que não dá e recebe. É ele e sem ele. O amor vem e vai... vai quando vem.nâo o ter e querer ..é saber amar ,e mais do que isso, viver.
Bj.
Não sendo surpresa ... é. Belo texto.
Fátima
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