quarta-feira, maio 03, 2006

Casida de la mano imposible

Yo no quiero más que una mano,
una mano herida, si es posible.
yo no quiero más que una mano,
aunque pase mil noches sin lecho.

Sería un pálido lirio de cal,
sería una paloma amarrada a mi corazón,
sería el guardián que en la noche de mi tránsito
prohibiera en absoluto la entrada a la luna.

yo no quiero mas que esa mano
para los diarios aceites y la sábana blanca de mi agonia.
yo no quiero mas que esa mano
para tener un ala di mi muerte.

lo demás todo pasa.
rubor sin nombre ya, astro perpetuo.
lo demás es lo otro; viento triste,
mientras las hojas huyen en bandadas.


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Cacida da Mão Impossível

Eu não quero mais do que uma mão,
uma mão ferida, se possível.
eu não quero mais que uma mão,
mesmo que passe mil noites sem dormir.

Seria um pálido lírio de cal,
seria uma pomba amarrada ao coração,
seria guarda que na noite do meu trânsito
proibira plenamente a entrada à lua.

Eu não quero mais do que essa mão
para os diários azeites eo lençol branco da agonia.
Eu não quero mais do que essa mão
para segurar uma asa da minha morte.

O resto tudo passa.
rubor sem nome já,
astro perpétuo.
O resto é o outro ; vento triste,
enquanto as folhas em revoadas fogem.

Federico García Lorca

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