sexta-feira, abril 21, 2006

Carta X

A minha condição de ser só é infinita.


Não basta o "eu amo-te " ou o " eu penso em ti "

para me desprender daquilo que

infinitamente sei saber.
Posso momentanemente esquecê-la...

Quando me beijas,

quando me amas.

mas subjaz sempre tudo aquilo

a que não posso fugir.

Neste momento penso em ti

e no amor que te tenho.

E sei, meu amor.

que se estivesse agora nos teus braços

seria a única forma de minimizar

a dor desta condição.


Kraiene

3 comentários:

Jorge Cardoso disse...

Como é possível alguém escrever tal condição de vida platónica?
Como é possível que tenhas descido tanto no sentimento e na nostalgia, com esta carta que brilha de dor e de amor?
Esta carta, a inerente vida retratada, é linda...
não foi?

Unknown disse...

Haverá momentos de solidão infinita...
Haverá tudo aquilo a que não podemos fugir...
Haverá sempre momentos de sonho para poder fugir e ultrapassar o infinito.
Beijo "só".
daniel

Anónimo disse...

Belas cartas de amor que aqui tens...ora triste, e saudoso, ora intenso mas incompleto!
João JR