domingo, agosto 12, 2007

maré vaza

É cedo
meu amor

fragmentos do teu corpo acompanham o
sol que se acende na arriba dourada
plantada no além mar e
vai por ali
areal fora

sublime é a dança que nos rompe
o grito e
nos solta o riso

é madrugada,
meu amor,

uma madrugada aúrea,
nobre
de um sentimento
livre
abstracto

é tarde
meu amor

prende-nos a dança e
os corpos
na fisionomia


eis a sombra
a quatro pés

a maré vaza.
Ailéh


terça-feira, agosto 07, 2007

BIS

Desperto na tua audácia.
Os meus sentidos buscam
o sabor a café da tua boca,
aquele último beijo.
Tacteio os retalhos de uma tela colorida ao fim do corredor,
onde busco a suavidade da tua pele .
Ecoa no meu ser a tua voz e leva.me ao norte
de um sempre sul perdido em mim.
Respiro e sinto a
vida
versus morte
Desço pausadamente pelos degraus em pedra
neste negrume onde estou.
Encaminho.me fixo o espelho e sonho.te por instantes,
recordo.te em memórias , em formas, em gestos,
no aconchego do teu sexo

Deito à cara água gelada
E o dia começa aqui.
Ailéh